Onde está a saudade
nesse vazio que se aproxima?
Não refutaria, sim, ainda te quero.
Sorrisos amarelos, firmes:
todos os crimes devem ficar para trás.
Onde está a saudade?
Nesses segundos desnecessários, muitos?
Ofego ar árido ao pé de teu ouvido,
as pernas tremem, as pálpebras. Bem...
é bom te ver também.
Onde? Procuro
investigo, insistente, as rugas
os inchaços. O vazio, pergunto,
é excesso ou falta
de noites, de vinho, de água?
Há saudade? A despedida
é um abraço, saída fácil
pras bocas viciadas em se rever.
Mas a mão segura a nuca -
aquele hábito difícil de perder.
As lágrimas caem, são poucas
embora sofridas.
Onde há saudade
fica.
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