Pintei a casa toda
com o rosto de Marielle estampado
por todo o chão
forrado de jornais.
As paredes terminaram em um tom
vermelho
sangue.
Pingava suor por conta do bafo
do clima úmido e quente
da calma antes da tempestade.
“Quem disse que a soma não vai dar
um desastre?”,
ele disse enquanto dirigia, cercado
de neblina,
enquanto eu dormia
e sonhava com um mundo
em que eram possíveis utopias
e que a conjuntura da estrutura
atual
não era pernas bambas em um abismo.
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