Uma pedra pousa no meu peito.
Repito:
sou a consequência de coisas não
ditas.
A cada palavra lida
eu sinto a urgência na ponta dos
dedos:
toco nela
e em todo o resto.
“Ai!”, exclama, solta o texto,
como se os instantes fossem oxigênio
e ela queimasse nessa ciranda,
“você escreveu a gente junto”.
A melhor parte do dia
foi quando ele acabou:
me cubro na cama - o pé de fora,
relo em moléculas - posso fechar os olhos.
Lá está: você.
me cubro na cama - o pé de fora,
relo em moléculas - posso fechar os olhos.
Lá está: você.