Expulsa nesse mundo como uma
granada
nasci e existi no mesmo momento.
Me registraram sem de mim saber
nada
e em segundos já haviam
tormentos
falando que não lavei a louça,
que na bolsa tinha maconha,
“O que você quer da vida?
Seja mais do que uma simples
ferida,
que um simples fardo.
Levante,
tente,
não canse!
Dessa vez pule um pouco mais
alto”.
Não pulei.
Gritei
ou grunhi:
não quero mais ir;
não quero mais vir;
não quero mais ver;
tampe meus olhos e me deixe
morrer!
Não deixaram.
Me cutucam e me mostram o outro
lado,
uma saída:
deixe de conversa fiada,
se apropria de sua vida!
Expulsa esse mundo como uma
granada
e explode com ele essa
melancolia.
E sossegue,
peço que evite olheiras:
não se precisa de muita
veemência,
viver é um ato de resistência.
16/02/2016
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