Chovia e você
não sorria,
o azul do céu escorria
na sua bochecha esquerda.
Semanas já fazia
e você nem sabia
mais
o que era um dia
- ou uma manhã -
que se anda até a escola
acompanhada de uma companhia.
- Eu não entendo. -
arrastou.
- O quê?
Ninguém sabia.
- Não compreendo. -
poetizou.
- O quê?
Não me dizia.
- Eu não aguento! -
confessou.
- Mas me diga menina!
Me diga:
o quê?
De onde vem toda essa agonia?
Por fim me falou:
- O porque da gente sofrer tanto...
- Engraçado -
respondi -
já eu
não entendo,
não compreendo,
não aguento
o porque a gente tenta
tanto tanto
não sofrer.
12/11/2015
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